Os sábios da
antiguidade descobriram como dizer a verdade às pessoas sem ser rudes com elas.
Vejam vocês, eles colocavam um espelho mágico diante das pessoas, onde
podiam-se ver todos os tipos de animais e várias coisas maravilhosas, tanto
cenas divertidas bem como imagens educativas. Eles chamaram isso de fábulas, e
qualquer ação inteligente ou tola que os animais realizavam, as pessoas ficavam
se colocando no lugar deles e com isso pensavam: "Esta fábula foi dedicada
para você!" E dessa maneira os sentimentos de ninguém eram feridos. Vamos
dar um exemplo.
Era uma vez duas
montanhas muito altas, e no topo de cada uma delas havia um castelo. Num vale,
que ficava num lugar muito baixo, corria um cachorro faminto, cheirando o chão
por todo lado, como se estivesse procurando um camundongo ou uma codorna. De repente,
ouviu-se uma trombeta que vinha de um dos castelos, para anunciar que era
chegada a hora da refeição. O cachorro imediatamente começou a subir a
montanha, esperando receber a sua parte da refeição, mas, quando ele estava no
meio do caminho, a trombeta parou de tocar, e a trombeta do outro castelo
começou. "Deste lado," pensou o cachorro, "eles já terão
terminado o almoço antes que eu consiga chegar, mas do outro lado eles já estão
se preparando para recomeçar." Então, ele desceu e começou a subir a outra
montanha. Mas, nesse instante, a primeira trombeta começou a tocar novamente,
enquanto a segunda havia parado. O cachorro desceu pela segunda vez, e subiu a
primeira montanha, e assim continuou até que as duas trombetas pararam de
tocar, e não havia mais refeições nos dois castelos.
E então, adivinhem o
que os sábios da antiguidade teriam dito sobre esta fábula: quem seria tolo de
ficar correndo o tempo todo, para cima e para baixo, sem ganhar nada.?
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