terça-feira, 5 de maio de 2015

II - O Lobo e o Cordeiro

Certa vez um lobo estava bebendo agua num riacho. Então um cordeiro chegou e também começou a beber, um pouco mais para baixo.
─ Que desaforo é esse de turvar a água que venho beber? ─ disse o monstro, arreganhando os dentes. ─ Espere que vou castigar tamanha má-criação!...
O cordeirinho, trêmulo de medo, respondeu com inocência:
─ Como posso turvar a água que o senhor vai beber se ela corre do senhor para mim?
Era verdade aquilo e o lobo atrapalhou-se com a resposta, mas não deu o rabo a torcer.─ Além disso ─ inventou ele ─ sei que você andou falando mal de mim no ano passado.
─ Como poderia falar mal do senhor o ano passado, se nasci este ano?
Novamente confundido pela voz da inocência, o lobo insistiu:
─ Se não foi você foi seu irmão mais velho, o que dá no mesmo.
─ Como poderia ser seu irmão mais velho, se sou filho único?
O lobo, furioso, vendo que com razões claras não venceria o pobrezinho, usou sua razão de animal esfomeado e não disse mais nada: pulou sobre o pescoço do pobre animalzinho e o devorou.


Moral da história: Contra a força não há argumentos




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